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  • Por: Dr. Itamar
  • 17/04/2025

Tendinite no joelho: causas, sintomas e tratamento

Acordar com aquela dor incômoda em cima da patela e perceber que cada passo exige esforço extra é rotina para quem sofre de tendinite no joelho. A simples tarefa de descer escadas se transforma em um teste de resistência, enquanto a corrida ou um jogo de futebol ficam fora de alcance. 

Se você está cansado de conviver com esse incômodo constante, chegou ao lugar certo. No blog do Dr. Itamar, especialista em ortopedia e traumatologia, você vai entender o que é tendinite no joelho, identificar suas causas e sintomas, e conhecer as melhores estratégias de tratamento, incluindo como tratar tendinite patelar com segurança e eficácia. Continue a leitura e recupere sua mobilidade!

O que é tendinite no joelho?

Tendinite no joelho é a inflamação dos tendões que envolvem a articulação, responsável por transmitir a força dos músculos aos ossos durante os movimentos. Quando esses tendões são sobrecarregados por esforço repetitivo ou trauma, podem surgir microlesões, gerando dor, inchaço e dificuldade de movimento. A forma mais comum desse quadro é a tendinite patelar, que afeta o tendão que liga a patela à tíbia, denominado tendão patelar, fundamental para a extensão da perna.

Causas de tendinite no joelho

A tendinite no joelho costuma aparecer em atividades que exigem saltos, corridas ou mudanças bruscas de direção, mas não está restrita a atletas. Entre as principais causas estão:

Sobrecarga repetitiva

A repetição constante de movimentos de flexão e extensão do joelho, comum em esportes como corrida, vôlei, basquete e futebol, pode provocar microtraumas nos tendões. Essa sobrecarga excessiva impede a recuperação adequada das fibras tendíneas, levando à inflamação. Mesmo pessoas não atletas, como trabalhadores que permanecem muito tempo em pé ou sobem escadas com frequência, também podem sofrer com esse tipo de lesão.

Técnica incorreta

A execução inadequada de movimentos físicos, seja em atividades esportivas ou do dia a dia, pode levar ao desalinhamento das articulações e sobrecarga dos tendões. Isso inclui postura errada ao correr, agachar ou levantar pesos. Pequenos desvios biomecânicos, como joelhos em valgo ou varo, também aumentam a tensão sobre o tendão patelar, contribuindo para o aparecimento da tendinite.

Desequilíbrio muscular

Quando os músculos ao redor do joelho, especialmente o quadríceps e os isquiotibiais, estão fracos ou em desequilíbrio, ocorre uma compensação nos movimentos. Isso sobrecarrega os tendões, que precisam absorver parte do impacto e da força normalmente distribuída entre os músculos. Com o tempo, esse esforço extra pode levar à inflamação crônica do tendão.

Falta de alongamento

A ausência de alongamento adequado antes e depois da prática de exercícios físicos pode gerar encurtamento muscular, especialmente em regiões como a panturrilha e o quadríceps. Esse encurtamento aumenta a tensão sobre o tendão patelar durante o movimento, favorecendo o surgimento de microlesões. Manter uma rotina de alongamentos contribui diretamente para a saúde dos tendões e da articulação do joelho.

 

Tendinite patelar: o que é?

A tendinite patelar, também conhecida como joelho de saltador, é uma inflamação do tendão patelar, estrutura responsável por ligar a patela (rótula) à tíbia. Esse tendão é fundamental para movimentos como chutar, correr, saltar e subir escadas. Quando ele é submetido a esforços repetitivos ou a sobrecargas sem o tempo adequado de recuperação, surgem microlesões em suas fibras.

Essas pequenas lesões acumuladas provocam dor localizada na parte frontal do joelho, especialmente logo abaixo da rótula. A dor tende a se intensificar durante atividades que exigem flexão e extensão do joelho, como saltar, agachar ou subir escadas, e pode evoluir para um quadro crônico se não for tratada corretamente. 

 

Sintomas de tendinite no joelho

A tendinite no joelho manifesta‑se por sinais que impactam tanto atletas quanto quem vive uma rotina de esforço repetitivo. Identificar esses sintomas ajuda no diagnóstico precoce e evita evolução para quadros crônicos. Veja abaixo os principais indicativos desta condição:

Dor localizada

A dor costuma surgir logo abaixo da patela, onde o tendão patelar se conecta à tíbia. Esse desconforto é particularmente intenso durante movimentos de extensão, como esticar a perna ao caminhar, subir escadas ou levantar de uma cadeira. Muitas vezes, a dor persiste mesmo em repouso, tornando atividades simples em verdadeiros desafios.

Rigidez e sensibilidade

Após períodos de inatividade, como após uma noite de sono ou longos momentos sentado, é comum que o joelho apresente rigidez e “travamentos”. Além disso, ao pressionar a região do tendão inflamado, o toque provoca dor imediata. Esses sinais indicam inflamação aguda, limitando a amplitude de movimento e exigindo intervenção terapêutica.

Inchaço leve

A resposta inflamatória ao microtrauma do tendão leva ao acúmulo de líquido nos tecidos adjacentes, gerando um edema discreto, porém perceptível. Esse inchaço aumenta a tensão sobre a estrutura inflamável e pode ser acompanhado por uma sensação de calor local. Reconhecer o inchaço ajuda a diferenciar a tendinite de outras causas de dor, como lesões ligamentares.

Limitação de movimento

Conforme a inflamação avança, dobrar ou estender completamente o joelho torna‑se doloroso e difícil. Essa limitação funcional compromete ações cotidianas como agachar, correr ou até mesmo caminhar em terrenos irregulares. A perda de amplitude de movimento é um sinal de alerta para buscar avaliação médica e iniciar o tratamento adequado.

Diagnóstico de tendinite no joelho

O diagnóstico de tendinite no joelho começa com a avaliação clínica: exame físico, teste de palpação do tendão e análise da marcha. Além disso, o médico pode solicitar exames de imagem para confirmar o quadro:

  • Ultrassonografia: identifica inflamação e espessamento do tendão.

  • Ressonância magnética: avalia microlesões e descarta outras lesões ligamentares ou meniscais.

  • Radiografia: útil para descartar causas ósseas de dor no joelho.

Como tratar tendinite patelar

tratamento conservador

  1. Repouso e modificação de atividades: reduzir ou pausar exercícios de impacto para evitar novos microtraumas.

  2. Gelo e compressão: aplicar gelo por 15–20 minutos, 3 vezes ao dia, para controlar a inflamação.

  3. Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios: uso de AINEs, como ibuprofeno, conforme orientação médica. 

  4. Fisioterapia: exercícios de fortalecimento isométrico e excêntrico do quadríceps, além de técnicas de eletroterapia (ultrassom, laser).

  5. Órteses e bandagens: uso de joelheiras específicas ou faixas patelares para off-load do tendão.

Terapias avançadas

  • Infiltrações: aplicações de corticosteroides ou ácido hialurônico para alívio prolongado em casos resistentes.

  • Terapia por ondas de choque: estimula a regeneração das fibras tendíneas.

  • PRP (plasma rico em plaquetas): método regenerativo que acelera a cicatrização do tendão.

tratamento cirúrgico

Em casos refratários ao tratamento conservador e com rupturas significativas do tendão, pode ser indicada cirurgia para desbridamento ou reparo do tendão patelar.

Prevenção de tendinite no joelho

Prevenir tendinite no joelho envolve mudanças de hábitos e fortalecimento contínuo:

  • Fortalecimento muscular: foco em quadríceps, isquiotibiais e glúteos para suportar a articulação.

  • Alongamento diário: manter a flexibilidade de quadríceps, panturrilhas e isquiotibiais.

  • Técnica correta: atenção à postura e alinhamento durante atividades físicas.

  • Calçados adequados: tênis com amortecimento e, se necessário, palmilhas ortopédicas.

Quando procurar um especialista

Se a dor persistir por mais de duas semanas, piorar com o tempo ou vier acompanhada de inchaço intenso e limitação funcional, é fundamental buscar um ortopedista. O Dr. Itamar Neto, especialista em ortopedia e traumatologia, oferece um atendimento completo para avaliar e tratar sua tendinite no joelho de forma personalizada.

Agende sua consulta com o Dr. Itamar Neto!